Discussão teórica sobre pesquisa etnográfica
- Carla Tamires
- 27 de mai. de 2015
- 2 min de leitura

Fotos tiradas por Joaquim Prates
Os professores da UESB estão em greve, lutam entre outras coisas pela manuntenção de direitos que foram conquistados pela categoria por muito esforço. Nós enquanto futuros docentes apoiamos e entedemos a categoria e sabemos que provalvemente essa e tantas outras lutas travadas pelos professores em busca dos seus direitos também será nossa. Por isso a nossas reuniões na UESB com o todo o grupo foram pausadas enquanto a greve continuar, porém nossas atividades nas escolas continuam e nossos relatos também.
Hoje fizemos uma reunião para discutir o texto proposto pelas coordenadoras "Tendências atuais da pesquisa na escola" de Marli Eliza Dalmazo Afonso de André, em que foi possível fazer uma reflexão bastante rica tentando aproximar o conteúdo do texto com as nossas ações na escola. Alguns pontos foram levantados, como as abordagens do texto sobre as pesquisas que acabam por reduzir a experiência no ambiente escolar a quantificação e mensuração, o que nos deu clareza de que a pesquisa que estamos desenvolvendo na escola é por essência qualitativa e que desse modo a utilização de vários métodos para captar informações é válida, mas precisamos ser participantes, estar próximos sobretudo dos alunos, pois o nosso foco é o trabalho com eles. Durante a discussão também levantamos algumas considerações sobre o que pensamos ser um bom professor e um bom aluno. Discutimos que o posicionamento dos alunos na escola pode ser influenciado por dois fatores principais, o individual, que seria o seu interesse, as suas afinidades e perspectiva de futuro e o segundo o social, as condições que ele tem fora da escola, se ele trabalha, se ele tem espaço para estudar, se ele tem uma estrutura familiar que incentive ele ao estudo. Acho que todas essas questões não delimitam, mas influenciam a postura dos alunos na escola, e talvez seja algo a se pensar, como bem disse a secretária que entrevistamos na semana anterior, é difícil desenvolvermos um bom trabalho com os alunos sem previamente entendermos quem são esses alunos. Começamos também a conversar com alguns desses estudantes na hora do intervalo, tentando nos aproximar deles e o interessante e que alguns já nos reconhecem por estarmos assistindo as aulas e frequentes na escola. Essa é uma das partes mais interessantes da pesquisa e é fundamental para as ações posteriores. Na próxima semana estamos planejando um trabalho mais voltado para os alunos, conversas e entrevistas com eles nos três turnos.
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